LATINIDADES EM QUESTÃO: EUROPA, AMÉRICA LATINA, BRASIL
Os festivais de cinema franceses e alemães têm uma tradição de defesa de cinematografias periféricas na economia audiovisual e de países colonizados por europeus, com uma relação intensa e histórica com o cinema brasileiro e latino-americano. Mas os festivais diferem muito entre si e a presença de produções latino-americanas e brasileiras tem a constância de suas presenças variáveis de acordo com as equipes curatoriais e com as ênfases de cada evento. Em muitos casos, essa presença latino-americana segue sendo nula ou pequena, com filmes da região competindo entre si por espaço, ou um e outro título ocupando os mesmos espaços. A Quinzena dos Cineastas e o festival Entrevues de Belfort, especificamente, foram criados para revelar e acompanhar “novos autores” de todos os cantos. O Festival de Cinema Latino-americano de Munique (LAFITA) têm foco circunscrito na América Latina. Em que medida esse aspecto se desdobra no projeto de participar da escrita de uma história do cinema mundial, consciente das peculiaridades das cinematografias regionais? Segundo que critérios/valores os filmes brasileiros visionados pelas curadorias francesas e alemãs estão postos em perspectiva de uma historiografia das formas, temas e contextos contemporâneos?
Convidados:
- Paola Raiman – programadora – Entrevues de Belfort | França
- Sven Pötting – codiretor – LAFITA – Festival de Cinema Latino-Americano de Munique | Alemanha
Mediação: Pedro Butcher – curador Conexão Brasil CineMundi | Brasil