Antonio Pitanga

Antonio Pitanga é uma referência na cultura brasileira e presença fundamental na militância da cultura negra.Como ator foi um dos pilares do movimento do Cinema Novo, trabalhando no cinema brasileiro com diretores como: Glauber Rocha, Trigueirinho Neto, Roberto Pires, Cacá Diegues, Joaquim Pedro de Andrade, Walter Lima Jr. e Anselmo Duarte, ainda no cinema, como também no teatro, na Europa, África, Teerã e América Latina.
Ao longo de sua carreira são mais de 50 filmes, destacando: “Bahia de todos os Santos”, “Barravento”, “A Grande Feira”, “O Pagador de Promessas”, “Ganga Zumba” e “A Grande Cidade”.Recebeu muitos prêmios, destacando: Troféu Candango de melhor ator coadjuvante no Festival de Brasília por “A Grande Cidade” (1966) e o prêmio de melhor ator no Festival de Bogotá por “La Mansión de Araucaima” em 1986.A convivência com os diretores que faziam o Cinema Novo despertou a vontade de dirigir filmes, concretizada em 1978 com a direção de “Na Boca do Mundo”, argumento do colega Cacá Diegues e roteiro de Leopoldo Serran.Na fase da retomada da produção nacional: “Mauá – O imperador e o rei” (1999), de Sergio Rezende, “Villa- Lobos, uma vida de paixão” (2000) de Zelito Viana. Mais recentemente, atuou ainda em “Apolônio Brasil- O campeão da alegria” (2003), de Hugo Carvana e “Garotas do ABC” (2004), de Carlos Reichenbach. Em 2006, fez “Zuzu Angel”, de Sérgio Rezende e “Eu Receberia as piores notícias dos seus lindos lábios” (2011), de Beto Brant. Em 2017 foi inspiração para o documentário “Pitanga”, também dirigido por Beto Brant em parceria com sua filha Camila Pitanga. Em 2020 Antonio Pitanga e Camila Pitanga foram homenageados pela 23a Mostra de Cinema de Tiradentes. Ambos são retrato do Brasil artístico, diverso e negro. “Tiradentes não está homenageando só um homem. Estão homenageando um quilombo”, resume Antônio Pitanga.